Para onde foi parar meu bando?
Amar, trabalhar e afins?
Para onde para quando?
Para e quando refinar seus nãos e sins?
Pára, para, devagar,
minha mente não escorrer assim,
feito cachoeira a escorregar na imensidão.
Não mergulharei sozinha.
Para que correr o risco de me machucar agora?
Mas aonde enconrarei meu bando?
Será que não encontrarei mais?
Será que não mais voltará?
Será que não verei mais?
Nem prosseguir e procurar?
Vou devagar,
pára, para, em algumas trilhas
imaginar meu bando estar
Meus sapatos já não suportam
tanta escalada para adentrar.
Precisei jogá-los fora
e meus pés ficaram nus.
Quão difícil estar a caminhar!
Pára, para, devagar,
eu não temer mais não poder agüentar.
Tantas pedras molhadas,
escorregões, picadas,
nenhuma grama fofa para pisar,
deitar e descansar.
Mas preciso achar meu bando!
Para com ele não abandonar minha vida,
para tentar entender seus planos.
Ensinem-me a uma bússola usar!
Medo maior é escorregar.
Por enquanto, até não sei quando,
com meu bando preciso ficar.
Valéria Diniz
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
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