segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Vitrais

Mas, sabe, quando a canção implora pela minha voz, eu a canto outra.
Aquela que se encontra ao lhe ver ressonar e aquela que lhe encontra sem você estar.
Pelo lado de fora dos vitrais, são outras as cores, mais obscuras as fantasias originadas todas através da luz da tarde que se deita sobre você.
E eu me esforço pra não jogar fora a do cansaço...como posso lhe escrever? como ouso amar você?
Mas, sabe, quando?...a sensação de poder atravessar os mares só pra poder lhe ver...quando?...a impressão de planar sem mexer um dedo e, no pouso, ver somente a sua mão a me acenar...
Tarde, a tarde já tarda o adeus.
Outra, a visão já não me espera em meu olhar.

Valéria Diniz

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