sábado, 13 de setembro de 2008

Medo

Das intensidades tenho medo.
Dos sabores, dos odores, dos perfumes,
dos tremores do horizonte.
Respeito tudo.

Das intensidades tenho medo.
Dos desejos de te ver,
das vastas planícies do teu ser,
dos sonoros suspiros teus.
Respeito a esmo.

Das intensidades tenho medo.
Das quantidades de vezes em que te quis,
das qualidades das vezes em que te quis,
das todas idades de lembrar.
Tenho medo.

Váléria Diniz

Um comentário:

Juan Moravagine Carneiro disse...

A estrada do excesso leva ao palacio da sabedoria.

William Blake