terça-feira, 29 de julho de 2008

Cigarro por Cantinho - 50 Anos de Bossa nova

"Na preparação de Corcovado, cujos versos iniciais seriam dos mais lembrados e queridos da Bossa Nova pelos trinta anos seguintes, havia uma coisa que incomodava João Gilberto. Ele começava a cantar e parava logo:
Um cigarro e um violão / Este amor, uma canção.
Tentava de novo e não conseguia. Até que se deu conta e disse a Tom (Jobim): Tomzinho, essa coisa de 'um cigarro e um violão'. Não devia ser assim. Cigarro é coisa ruim. Que tal se você mudasse para 'um cantinho, um violão?' Jobim, que fumava perto de três maços por dia, acedeu à sugestão de João Gilberto..."
In "Chega de Saudade - A História e as Histórias da Bossa Nova", de Ruy Castro, Companhia das Letras (1990)

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